Servidores da saúde recusam proposta e greve é mantida


Os servidores estaduais da saúde decidiram ontem, por unanimidade, manter a greve que hoje completa 17 dias. A categoria afirma que após mais uma reunião com representantes da Secretaria Estadual de Administração e Previdência (Seap) e da Saúde (Sesa), durante a tarde, não foi apresentada nenhuma proposta concreta e que, por isso, os trabalhadores continuarão mobilizados. 

Os servidores reclamam que entre os itens da pauta, o Plano de Carreira, que era para ser apresentado nesta reunião, ficou para o dia 28. Além disso, sobre o reajuste da Gratificação de Atividade em Saúde (GAS) e o pagamento das progressões e promoções atrasadas, o governo informou que não sabe de quanto seria o reajuste e que isso só poderia ocorrer a partir de agosto. 

Além destes pontos, outras reivindicações são a defesa da Paraná Previdência e implantação da aposentadoria especial; luta pelo reenquadramento; revisão do cálculo da hora extra; ampliação do auxílio transporte; alteração da lei do vale alimentação; revisão do decreto que rege o pagamento de diárias; entre outros. 

"Não tivemos as respostas que queríamos e, por isso, a paralisação continua e cada vez mais forte. Enquanto o governo não nos procurar para uma nova negociação e com propostas efetivas, a greve prossegue", disse a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde Pública do Paraná (SindSaúde-PR), Elaine Rodella. 

De acordo com a entidade a greve dos servidores da saúde se estende a praticamente todos os locais de trabalho onde atuam os cerca de 9 mil trabalhadores da base, em especial aos hospitais públicos estaduais, onde trabalham 4,5 mil servidores. 

A estimativa da entidade é de que 70% desse pessoal aderiu à paralisação, que começou no dia 18 de março. De lá para cá a categoria vem se revezando em passeatas, distribuição de panfletos nas ruas e manifestações em diversas cidades, como Campo Largo, Francisco Beltrão, Cascavel, Paranaguá, Guaraqueçaba, Londrina e Curitiba. 

Em nota oficial, o governo informou que "entregou as minutas do projeto de lei que garante a manutenção do estágio probatório para mulheres em licença-maternidade e de lei complementar que estabelece o pagamento de diária para servidores que precisam se locomover entre cidades de regiões metropolitanas". O documento ainda informa que o projeto do Quadro Próprio dos Servidores da Saúde está em fase de análise jurídica para depois ser enviado à Assembleia Legislativa.

Fonte: Folha de Londrina