Servidores da CMTU rejeitam proposta de Kireeff e entram em greve


Os servidores da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) de Londrina entraram em greve na tarde desta quinta-feira (3). Os trabalhadores rejeitaram as propostas feitas pelo prefeito Alexandre Kireeff (PSD) nesta manhã e decidiram pela paralisação em assembleia realizada no começo desta tarde.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Urbanização do Estado do Paraná (Sindiurbano-PR), Valdir Mestriner, nenhuma das alternativas apresentadas pelo prefeito foi aceita pelos servidores. “Todo o conjunto de propostas não atendem nossas reivindicações”, declarou.“Ele fez a proposta de reposição das perdas salariais em 2,5% em julho e restante dos 33% de forma escalonada. Não fomos informados como o resto seria pago”, completou.

Sobre o anuênio, a proposta da prefeitura seria de pagar 2 anos retroativos a cada 12 meses. “Já em relação ao plano de saúde, eles fariam um edital até o dia 15 de abril e descontariam 3% do salário base, o que dá cerca de R$ 50”.

Para o presidente do Sindiurbano, a falta de maiores explicações sobre as garantias de que o acordo seria cumprido refletiu na decisão pela greve. “Nada atende nossas reivindicações. Até entendemos algumas coisas, como o escalonamento, mas não da forma como a prefeitura propõe”, garantiu.

O próximo passo dos trabalhadores é definir uma nova proposta. “Como não é serviço essencial, não temos obrigatoriedade de manter um mínimo de 30% dos funcionários trabalhando. Todo o serviço operacional já está parado”, garantiu.

Os servidores estão reunidos em frente à Prefeitura de Londrina e devem seguir em passeata até a CMTU.

Reivindicações
Em uma primeira reunião realizada na última terça-feira os trabalhadores acataram o pedido do prefeito de suspender a paralisação por 48h até que uma contraproposta fosse elaborada e apresentada.

Eles pedem por melhores salários e condições de trabalho. Entre as reivindicações, querem 10% de aumento real nos salários, implantação de adicional por tempo de serviço de 1% ao ano, pagamento das perdas salariais de 33%. “No acordo coletivo passado, a CMTU aceitou conceder plano de saúde, que era uma reivindicação antiga. A licitação deu deserta e o edital não foi mais publicado. Estamos sem plano até hoje”, contou o diretor do Sindiurbano, Luiz Carlos Viana. Segundo ele, a criação do plano de carreira, cargos e salários (PCCS) – outro compromisso assumido pela CMTU – também não foi cumprida.

O JL tentou entrar em contato com o prefeito Alexandre Kireeff, mas ele não atendeu as ligações,

Fonte: Jornal de Londrina