Terceiro dia de greve dos professores é marcado por nova passeata em Londrina


O terceiro dia de greve dos professores estaduais foi marcado por nova passeata em Londrina. Aproximadamente 1,5 mil pessoas se reuniram no centro da cidade na manhã desta sexta-feira (25), segundo os organizadores da manifestação. A passeata começou por volta das 9h30 em frente à sede da APP-Sindicato, na Avenida Juscelino Kubitscheck, seguiu pela Avenida Higienópolis, Calçadão e deve terminar na Concha Acústica.

Até a manhã desta sexta-feira (25), cerca de 80% dos 3 mil professores da rede estadual de ensino em Londrina haviam aderido à paralisação, segundo o diretor regional do APP-Sindicato, Edmundo Novaes.
Segundo o Núcleo Regional de Educação (NRE) em Londrina, até o mesmo horário, 85 escolas haviam aderido parcialmente à paralisação. Dez estavam totalmente paralisadas e cinco não aderiram à greve. "Muitos professores e servidores têm nos dito que retornam às atividades na segunda-feira [28], independente do resultado da assembleia", disse a chefe do Núcleo, Lúcia Cortez.
Incidentes
Questionado sobre possíveis incidentes registrados desde o início da greve na cidade, o diretor regional do APP-Sindicato, Edmundo Novaes, disse que ocorreram apenas algumas discussões. “A situação mais acalorada aconteceu na manhã de quinta-feira, no Colégio Estadual Nilton Gonçalves, entre professores que estão em greve e os que continuam trabalhando. Mas não foi nada grave”, garantiu.
Sobre a possível agressão física de uma pedagoga a uma professora no Colégio Estadual Marcelino Champagnat, relatada por manifestante na passeata de quinta-feira (24), Edmundo Novaes disse desconhecer a situação.
Proposta do governo
No sábado (26), em assembleia geral, os professores decidirão se aceitam a contraproposta do governo estadual ou não. Na quinta-feira (24), em reunião que durou mais de cinco horas com membros do Sindicato dos Professores do Paraná (APP-Sindicato), o governo propôs uma compensação financeira para suprir a quantidade de horas-atividade reivindicadas pelo sindicato. O pagamento seria efetuado parcelado entre os meses de agosto a dezembro.
Segundo a proposta, a partir de 2015, a hora-atividade passaria para os 33% do total do tempo do professor na escola – índice reivindicado pela categoria. Hoje, os professores têm 30% de hora-atividade – que é o período em que os docentes não entram em aula e se dedicam à formação continuada, correção de provas e planejamento de aulas. O sindicato afirma que, para cada 20 horas semanais de trabalho, seriam necessários sete horas de hora-atividade. Hoje são seis horas.
Segundo o diretor regional da APP-Sindicato, Edmundo Novaes, mesmo com a assembleia, no domingo (27), pelo menos 200 pessoas – entre professores e servidores - devem ir para Curitiba para participar da manifestação em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo estadual.
Fonte: Jornal de Londrina