Trabalhadores do ônibus metropolitano podem entrar em greve em Londrina


Os trabalhadores do sistema do transporte metropolitano de Londrina podem entrar em greve ainda neste mês. Isso porque a empresa que coordena o serviço na região, a TIL Transportes Coletivos, suspendeu a reposição para motoristas e cobradores, alegando que o reajuste da tarifa, praticado desde este domingo (1º), é insuficiente para cobrir gastos.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina (Sinttrol), João Batista, a categoria recebeu a notícia do recuo dos repasses dos valores previstos para os funcionários na última sexta-feira (30). "Fomos pegos de surpresa", declarou.
As sinalizações da empresa indicavam incremento de 13% aos salários dos motoristas e 17% dos cobradores, índices que eram considerados aceitáveis pelo sindicato. No entanto, as reuniões anteriores com a TIL pontuavam que a proposta seria confirmada desde que houvesse majoração tarifária, porém sem especificar qual seria o aumento para os usuários do transporte.
Para discutir a situação dos trabalhadores, serão realizadas três assembleias nesta terça-feira (3). O encontros, agendados para às 9h, 15h e 19h na sede do sindicato, podem culminar para a deliberação de um indicativo de greve. O Sinttrol aguarda um acordo com a TIL e por isso deve manter o transporte metropolitano normalmente. No dia 10 está previsto uma nova rodada de negociação. "O sindicato ainda espera o bom senso da empresa. Queremos conversar com eles para que possam reparar essa questão", pontuou João Batista.
Desde domingo, as linhas metropolitanas de Londrina tiveram alta de 4,94%. O índice foi autorizado pelo governo estadual, por meio da Agência Reguladora do Paraná (Agepar). O gerente de tráfego da TIL Transportes Coletivo, Adalberto Lopes, explicou que para promover os incrementos aos trabalhadores seria necessária a aprovação de uma majoração na tarifa de 10%, o que não ocorreu. "O valor que está sendo praticado agora já era para estar sendo cobrado no ano passado. Com o índice colocado fica difícil sustentar o aumento para os trabalhadores da forma como tinha sido colocado", pontuou.
Lopes disse não acreditar que a insatisfação da categoria condicione o início de uma greve. A aposta é para negociação. "Acredito que não vai chegar nesse extremo. Mas se tivermos paralisação, vamos tentar garantir pelo menos 70% da frota em operação. Temos também muitos funcionários dispostos a trabalhar", colocou.
Fonte: londrina.odiario.com