Professores grevistas fazem ato em frente ao TJ-RJ durante audiência


Os profissionais de educação do estado do Rio, em greve desde o dia 12 de maio, fazem um ato desde as 15h desta terça-feira (3), para acompanhar a sessão de conciliação convocada pela presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargadora Leila Mariano. Por volta das 18h20, os cerca de 250 manifestantes, segundo a PM, fecharam a Avenida Primeiro de Março, em frente ao TJ.
Até as 18h30, a audiência com profissionais da rede estadual seguia sem desfecho. Outra reunião, com docentes do município, terminou sem acordo. Os professores entregaram um documento com uma proposta formal a um representante da Prefeitura e aguardam uma contraproposta. A secretária da pasta, no entanto, não esteve presente na reunião.
Com um carro de som, faixas e a presença do Batman, os docentes aguardavam a audiência na porta do Tribunal de Justiça pedindo que suas reivindicações sejam aceitas pelo estado.
Professores recebem apoio
Manifestantes fizeram um protesto na Cinelândia, também no Centro, por volta das 17h, em apoio aos professores agredidos durante manifestações na última semana, no Rio. Eles esperavam a chegada de professores reunidos no TJ, o que não havia acontecido até as 18h. O grupo, então decidiu ir até o tribunal para aguardar, junto com os docentes, o desfecho da audiência. Eles levaram cartazes e faixas em apoio aos profissionais da educação das redes municipal e estadual, em greve desde o dia 12 de maio.
Mobilização conjunta
Para dar mais força às reivindicações, os professores decidiram unir as redes estadual e municipal para a mobilização de greve. Apesar das diferenças entre cada rede, foi elaborada uma pauta única de reivindicações. O movimento abrange também cozinheiros e técnicos administrativos da rede.
Segundo o Sepe-RJ,  os governos estadual e municipal não cumpriram compromissos firmados junto ao STF, em outubro de 2013, como a implementação da lei federal de um terço da carga horária para planejamento fora da sala de aula, instituída para todos os professores pela lei que criou o piso da educação nacional.
As reivindicações conjuntas — para estado e município — englobam: plano de carreira unificado, reajuste linear de 20% com paridade para os aposentados, autonomia pedagógica, 30 horas para os funcionários administrativos, eleição direta para diretores, equiparação salarial da categoria, reconhecimento do cargo de cozinheira  e 15% de reajuste entre níveis.
Segundo a Secretaria estadual de Educação (Seeduc), as reivindicações não podem ser as mesmas para estado e município. Quanto à demanda de equiparação salarial dos professores, a Seeduc informa que a rede estadual do Rio paga, atualmente, R$ 16,90 pela hora-aula. Valor maior do que a hora-aula em São Paulo (R$ 15,80), no Espírito Santo (R$ 9,80) e em Minas Gerais (R$ 11,80).
A secretaria diz que também os novos servidores têm ainda auxílio-transporte (entre R$ 63 a R$ 120/mês), auxílio-qualificação (bônus anual de R$ 500), auxílio-alimentação (R$ 160 mensais) e auxílio-formação para professores regentes de turma em  parceria consórcio Cederj (R$ 300 mensais).
Fonte: g1.globo.com