Uma reunião realizada no fim de maio terminou sem acordo, já que o secretariado do prefeito alegou não ter concluído os relatórios necessários para dar continuidade à discussão da pauta. Com base no balanço positivo divulgado pela administração, de superávit de R$ 77 milhões para o primeiro quadrimestre de 2014, a categoria pretende reivindicar a pauta, que ainda soma melhoria no auxílio alimentação.

De acordo com o presidente do Sindserv, Marcelo Urbeneja, o aumento substancial da arrecadação e o levantamento apontam condições de atender os pedidos dos servidores. "Os discursos são sempre negativos, que a arrecadação foi boa, mas que ainda tem o resto do ano. Porém, quando se analisa economia se faz comparativos por períodos. É possível ver que existe condição de atender as necessidades do pagamento da recomposição dos direitos", pontuou.

Urbaneja também refutou o argumento dos altos gastos com o funcionalismo público. "Não estou gostando desse discurso que diz que hoje a prefeitura está gastando 46% com pessoa. Se é uma empresa que presta serviços, tem como fonte os servidores. Precisa valorizar esse pessoal", disse. Para ele, o município está longe de atingir o teto de despesas para o setor de 51%, previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal. "Falam em gastos, mas o problema é que ainda faltam servidores. Todos sabem. Faltam médicos, professores. Isso não é novidade", declarou.

O reajuste de 28% é pleiteado para cerca de 4.500 servidores como médicos, dentistas e professores. Em 2013, aproximadamente 2.300 trabalhadores obtiveram recomposição de 37% em perdas salariais.