Funcionários de hospitais em greve fazem protesto em Curitiba


Centenas de profissionais de hospitais públicos e filantrópicos de Curitiba e região metropolitana protestam desde as 6h desta quinta-feira (5) na Praça Rui Barbosa, no Centro da capital. A categoria está em greve desde quarta-feira (4) e reivindica melhores condições de trabalho. Entre os hospitais que aderiram à paralisação estão Cajuru, Pequeno Príncipe, Santa Casa de Curitiba, São Vicente, Angelina Caron, San Julian, Marcelino Champagnat e das Nações. Por conta da paralisação, o atendimento aos pacientes deve ser parcialmente prejudicado e haverá atrasos nas consultas. O grupo manifesta com apitos, faixas e cartazes e vai tentar uma reunião de negociação durante a tarde.

Na tarde de quarta-feira, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) recomendou que o Sindesc adote todas as providências necessárias para o restabelecimento da normalidade no atendimento em todos os hospitais que aderiram à greve. Até as 9h50, os representantes do Sindesc, informaram que não tinham sido notificados pelo MP sobre a recomendação. No entanto, o MP disse que a recomendação foi recebida pelo sindicato durante a tarde de quarta.
A categoria exige reajuste nos salários, no vale-refeição e mais contratações. O sindicato, que representa cerca de 20 mil profissionais, afirma que um enfermeiro deveria atender até quatro pacientes, porém, acaba sendo responsável por até 15 doentes. Entre os profissionais parados estão enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, e também os da área administrativa e de manutenção. Médicos e fisioterapeutas trabalham normalmente.
Ainda conforme o MP, a paralisação dos funcionários afronta liminar da desembargadora Ana Carolina Zaina, da Justiça do Trabalho, emitida também quarta-feira, em resposta a ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) - que fixou a manutenção na ativa de 100% dos profissionais dos setores críticos. Entre eles pronto-socorro e pronto-atendimento, leitos de retaguarda das unidades de pronto atendimento, centro cirúrgico, unidade de terapia intensiva, entre outros.
Também na quarta, o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Paraná (Sindipar) declarou repudiar a greve e reforçou a liminar do MPT.
Fonte: g1.globo.com/pr