Servidores podem entrar em greve em protesto pela jornada diferenciada na UEL em Londrina


Servidores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) podem aprovar uma greve na próxima quinta-feira (12), caso tenham que iniciar a jornada de 40 horas semanais. Cerca de 1,2 mil trabalhadores possuem carga diferenciada e teriam que modificá-la a partir do dia 16 de junho, por causa de uma determinação do Ministério Público.

Na tarde dessa terça-feira (10), os servidores se reúnem às 13h30 no Hospital Universitário para discutir o assunto e, na quinta-feira (12), está agendada uma assembleia para votação de uma paralisação. Eles pedem que o prazo dado pela Promotoria de Defesa do Patrimônio Público seja adiado ou que o governo normatize a jornada diferenciada.
O presidente do Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos da UEL (Assuel), Marcelo Seabra, declarou que há duas formas do governador Beto Richa resolver a questão. "Nós apresentamos duas propostas, uma através de projeto de lei, que teria que ser enviado até o dia 5, outra seria pelo perfil profissiográfico, até mais fácil porque não precisaria passar pela Assembleia, mas seria um decreto", explicou.
Os trabalhadores haviam pedido uma resposta até essa segunda-feira (9), quando o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, José Carlos Gomes, estaria em Londrina para dar posse à nova reitora, Berenice Jordão. Porém, ele não quis se ater ao prazo porque aguarda uma análise da Procuradoria Geral do Estado.
A demanda também já foi apresentada à nova reitora, mas o Assuel acredita que ela não deve se envolver na discussão. "O problema é que ela já baixou o ato executivo, ordenando que os servidores façam a carga horária. O que nos parece é que a reitora não vai se contrapor à orientação do Ministério Público", avaliou.
Dos 1,2 mil servidores que trabalham com carga horária diferenciada, a maioria atua no Hospital Universitário, Hospital de Clínicas e Clínica Odontológica Universitária, que podem ter seus atendimentos prejudicados, caso a greve seja aprovada.
"Está havendo uma agressão aos direitos dos trabalhadores porque os servidores vão passar a fazer a nova carga horária com o mesmo salário, o que na prática é redução de salário. Por exemplo, os dentistas foram contratados com carga horária de 20 horas e iriam dobrar para 40h", alertou.
Fonte: londrina.odiario.com