Os servidores do Hospital Universitário (HU), Hospital das Clínicas (HC) e Clínica Universitária (COU) da Universidade Estadual de Londrina (UEL), decidiram suspender, na manhã desta quinta-feira (12), o o indicativo de greve que começaria na segunda-feira (16). Os cerca de 1.200 servidores estavam mobilizados contrários a uma lei, aprovada em 2006, que obriga todos a cumprir uma carga horária de 40 horas semanais, mesmo quem foi contratado para trabalhar 20 horas.
Durante a assembleia, realizada em frente ao Pronto-Socorro do HU, o secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, João Carlos Gomes, apareceu e apresentou uma proposta para suspender a greve: um projeto de lei que regulamenta a jornada de trabalho. A diretoria do Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos da UEL (Assuel) ficou de analisar o documento, mas a greve prevista para segunda-feira foi descartada.
Cerca de 1,2 mil servidores de 12 categorias da UEL, como jornalistas, telefonistas, assistentes sociais e especialmente profissionais da saúde têm jornada de 20h, 24h, 30h e 36h. Após uma recomendação do Ministério Público, o governo do Estado determinou que a partir do dia 16 de junho, esses trabalhadores comecem a atuar por 40 horas semanais.
Para a Assuel, esta medida fere os direitos trabalhistas dos servidores, uma vez que os profissionais terão a jornada modificada sem nenhuma compensação salarial, o que na prática, configura em redução salarial. Dentistas, por exemplo, dobrariam a sua jornada diária, já que foram contratados por 20h inicialmente.
O novo projeto de lei já foi enviado pelo governo do Estado para a Assembleia Legislativa votar, determinando o cumprimento da carga horária que está no edital do concurso no qual o servidor foi contratado.