Oito vereadores de Londrina tentam cadeiras de deputado


Oito dos 19 vereadores da Câmara de Londrina terão de conciliar as atividades legislativas com as campanhas eleitorais até outubro deste ano. O período compreende metade do segundo semestre do ano, período em que a pauta das sessões deve trazer projetos polêmicos como a revisão da Planta Genérica de Valores (PGV), que impactará na cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) do próximo ano. 

Dos candidatos, apenas Mário Takahashi (PV) vai tentar uma cadeira de deputado federal. Entram na disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa (AL) Emanoel Gomes (PRB), Gaúcho Tamarrado (PDT), Gustavo Richa (PHS), Júnior Santos Rosa (PSC), Lenir de Assis (PT), Padre Roque (PR) e Rony Alves (PTB). 

Outros dois vereadores que eram cogitados nas eleições de 2014 ficaram de fora: Gerson Araújo (PSDB) e Sandra Graça (SDD). 

A pauta do segundo semestre prevê a instituição da outorga onerosa, a regulamentação do IPTU progressivo para terrenos vazios e a simplificação dos Estudos de Impacto de Vizinhança (EIV). Porém, a revisão da PGV é a mais polêmica, por envolver aumento de impostos, medida bastante impopular em época de eleição. 

Prometendo analisar a proposta sem influência do pleito, todos adotam o discurso de análise do projeto, ainda não enviado à Câmara, antes de dar opinião. Apenas Takahashi crê que, devido aos trâmites regimentais, a votação se inicie em outubro, após as eleições. Se confirmado, dará mais tranquilidade à discussão. 

Novatos e veteranos
O discurso em torno das candidaturas são bastante semelhantes, todos focando no aumento da representatividade de Londrina e da região Norte do Paraná nas esferas estadual e federal. Porém, enquanto os "novatos" se colocam como novidade no cenário político, os veteranos exaltam sua experiência como motivo pela opção pela candidatura. 

É o caso de Takahashi, que cumpre seu primeiro mandato eletivo na Câmara Municipal e já tenta sozinho, em uma região de 114 municípios, alçar voo mais longe. Júnior, Emanoel e Tamarrado, também cumprindo os primeiros mandatos (o segundo já exerceu a cadeira de vereador como suplente), dizem que seus partidos buscam novos nomes. Já Gustavo afirma que a escolha de seu partido tem a ver com o histórico de sua família – ele é primo do governador Beto Richa (PSDB), que tenta a reeleição. 

Por outro lado, Lenir e Rony têm um mandato completo cada, e Roque, na sua terceira legislatura, já foi prefeito de Londrina, no início de 2009, até a realização das eleições suplementares na cidade.

Fonte: Folha de Londrina