"É um retrocesso", definiu o presidente do Sindserv, Marcelo Urbaneja, na tarde desta quarta-feira (16), sobre a aprovação na Câmara do documento após quase duas horas de discussão entre os vereadores. De acordo com ele, o texto aprovado afeta diretamente a população, "amarrando" as condições orçamentárias do prefeito e inibindo a contratação de novos servidores para o setor público.

Urbaneja destacou que a medida retira do cálculo algo em torno de R$ 200 milhões, fazendo com que o município atinja o limite prudencial, que hoje varia entre 51,3% e 54%. Ele explicou que a prefeitura tem atualmente 46% do orçamento voltado ao custeio do funcionalismo público. São quase 9.400 servidores para cerca de 530 mil habitantes. A qualidade das atividades do poder público é diretamente impactada pela quantidade de funcionários em atividades.

"A gente precisa pensar diferente. Em Maringá, por exemplo, são pelo menos 10 mil servidores para uma população de 380 mil habitantes. Sem contar que a emenda não gera um centavo de arrecadação para o município. Pior, ela garante mais uma burocracia em todo o processo. E certamente será criticada", avaliou o presidente do Sindserv. 

O pedido de veto também se sustentará na reinvidicação de pessoal para as novas unidades de saúde, creches, escolas e Unidade Pronto Atendimento que devem ser inauguradas, muitas delas ainda em 2015. "Quando faltar professor, médico e gente para atender a população, a cobrança virá até o prefeito e não aos vereadores que aprovaram a emenda", comentou.