A unidade básica de saúde (UBS) do jardim Leonor (zona oeste de Londrina) sofre com a falta de infraestrutura. Os servidores do posto precisam se utilizar de potes de sorvete vazios para guardar equipamentos usados no atendimento da população e medicamentos. O problema é um dos inúmeros anexados ao levantamento feito pela Comissão de Seguridade Social da Câmara Municipal em 57 UBSs e unidades de urgência e emergência do município.
A pesquisa, realizada nos últimos quatro meses, foi apresentada à população em audiência pública na noite de quarta-feira (20).
Os exemplos que traduzem a falta de infraestrutura são variados. O posto de saúde da vila San Izidro (zona leste) usa lençóis como cortinas; a unidade do conjunto Parigot de Souza (zona norte) tem rachaduras gigantescas nas paredes, com os encanamentos expostos; a UBS do conjunto Ernani Moura Lima, também na região leste, não tem lavanderia.
Os vereadores coletaram dezenas de reclamações relacionadas à falta de equipamentos. Os postos de saúde não têm cadeiras e ventiladores. O sistema de consulta de usuários de grande parte das unidades é ultrapassado. Não há informatização e os prontuários estão despedaçados.
Ainda segundo a comissão, as UBSs sofre com um déficit de mais de 150 servidores, entre médicos, enfermeiros e técnicos administrativos.
Os vereadores encontraram problemas até nos postos de saúde que passaram por reforma neste ano. As paredes das referidas unidades, segundo o relatório, já apresentam rachaduras.
As visitas ocasionaram a criação de 436 requerimentos. Cento e trinta e nove deles já foram respondidos pela Secretaria Municipal de Saúde.
A pesquisa completa será apresentada ao prefeito Alexandre Kireeff (PSD) no dia 10 de setembro.