Professores municipais entram em greve em Paranaguá, no litoral do PR


Professores da rede municipal de ensino de Paranaguá, no litoral do Paraná, entraram em greve, por tempo indeterminado, nesta sexta-feira (27). De acordo com o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Paranaguá (Sismmap), a principal exigência da categoria é o pagamento atualizado do piso nacional do magistério para todos os profissionais. O ano letivo dos 14 mil alunos da cidade começou no dia 10 deste mês.

Segundo o sindicato, quase 100% da categoria aderiram à paralisação. A cidade possui 26 Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) e 46 escolas municipais. A aprovação da greve foi decidida em assembleia realizada na sexta-feira (20), após várias reuniões entre representantes do sindicato e a prefeitura da cidade.

Para voltar ao trabalho, os educadores pedem também a remuneração dos valores em atraso, referente aos anos de 2013, 2014 e 2015; eleições diretas para escolha dos diretores; melhores condições de trabalho nas escolas; treinamento, capacitação e atualização dos profissionais e a revogação do Decreto nº 1972, que, segundo o sindicato, prejudica as aposentadorias, entre outras reivindicações.

A presidente do sindicato, Andréia Elias de Paula Souza, afirmou que a administração municipal não apresentou propostas que atendam às reivindicações dos servidores.

“A prefeitura falou que não tem como pagar o piso para todos os profissionais. Passamos a proposta do prefeito, que era de pagar o piso apenas para alguns servidores, mas a categoria não aceitou”, explicou Andréia.

Ainda segundo a presidente do sindicato, a prefeitura já não havia pagado o piso para todos os educadores em 2014.

“Eles pagaram apenas a data-base no ano passado, isso dá uma diferença de 2% do salário. Tem professor da rede que está se aposentando e recebendo o salário com uma diferença de apenas R$ 300 em relação a um professor que está entrando agora na rede. Outras pessoas estão recebendo salários abaixo do piso, como é o caso das educadoras do ensino infantil, que ainda não receberam o reajuste do governo federal que foi dado em janeiro”, relatou ao G1.

Em nota, a Prefeitura de Paranaguá informou que não conseguiu fazer a reposição salarial na folha deste mês, que seria de 4,64%, porque o percentual aprovado na Câmara de Vereadores do município é impraticável. Segundo o poder público, o valor extrapola o limite de gastos com pessoal, conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal.

A prefeitura complementou que, ainda nesta sexta-feira, será repassado aos professores da rede municipal de ensino o pagamento da primeira parcela do retroativo da progressão. O pagamento do piso mínimo nacional para toda a categoria e do valor referente às elevações de nível horizontal e vertical também serão realizados nesta sexta.

A paralisação no setor da Educação de Paranaguá não tem previsão para terminar. “A greve só vai terminar quando o prefeito apresentar uma proposta decente para os servidores”, afirmou Andréia.

Fonte: http://g1.globo.com/pr