Trabalhadores de todo o Brasil vão às ruas combater MPs 664 e 665


A União Geral dos Trabalhadores (UGT) participou de um grande ato em conjunto com as demais centrais sindicais, na manhã desta segunda-feira (02), para exigir a revogação das medidas provisórias (MPs) 664 e 665, que alteram as regras do benefício, abono salarial, seguro defeso, pensão por morte, auxílio-doença e auxílio-reclusão.

 A ação unitário, que aconteceu em várias regiões do país, reuniu trabalhadores e trabalhadoras de diversos setores profissionais. “O governo não pode fazer com que a classe trabalhadora pague por seus erros. Elegemos um grupo de políticos que nos apresentou uma proposta que tinha como foco não mexer em direitos trabalhistas ‘nem que a vaca tussa”, mas ela tossiu”, explica Ricardo Patah, presidente nacional da UGT.

 Em São Paulo, o ato aconteceu em frente ao prédio da superintendência do Ministério do Trabalho, na região central e, durante a manifestação, representantes das centrais entraram no prédio para uma reunião. “Esta é uma medida extremamente prejudicial para a classe trabalhadora, principalmente os jovens que estão entrando no mercado de trabalho”, diz Patah.

 Segundo estimativas cerca de 8 milhões de trabalhadores serão prejudicados com as MPs, por esse motivo, tanto a UGT quanto as demais centrais sindicais não aceitam qualquer tipo de alteração nas medidas, exigindo sim a revogação e extinção desses projetos que são prejudiciais a toda a população.

  

Propostas da UGT para a Reforma Fiscal

 

 · Redução do Número de Ministérios de 39 para 20 (os Estados Unidos possuem 15 ministérios e a Alemanha 17)

 

·  Redução do Número de Cargos de Confiança (hoje são 23 mil) bem como Redução do Número e Valores dos Cartões Corporativos

 

·  Fim das Isenções/Reduções Fiscais para os setores que demitem

 

·  Redução da taxa Selic que incide sobre a Dívida Pública Interna (1% de redução da Selic reduz em R$ 24 bilhões os gastos com juros)

 

·  Redução dos Gastos em Publicidade (em 2013, só o governo federal gastou R$ 2,3 bilhões)

 

·  Combate à corrupção, ao desperdício e à ineficiência

 

·  Mudança da Lei das Licitações (8.666/93) que permita a participação da sociedade civil nas Comissões de Licitações, criação de mecanismos que impeçam o superfaturamento e aniquile a facilitação e combinação de resultados

 

Por Fábio Ramalho – imprensa UGT