Professores marcam nova assembleia para segunda-feira


Os professores da rede pública estadual do Paraná marcaram ontem uma nova assembleia geral para a próxima segunda-feira, às 8h30, com o objetivo de votar o fim ou a continuidade da greve da categoria, que hoje entra em seu 27º dia. O local não tinha sido definido até o início da noite. 

Pela manhã, a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (APP Sindicato) e representantes do Governo do Estado participaram de uma audiência de conciliação, mediada pelo desembargador Luiz Mateus de Lima, na sede do Tribunal de Justiça (TJ-PR), e avançaram em alguns pontos pendentes da pauta de reivindicações. 

De acordo com a secretária de finanças da APP, Marlei Fernandes, os comandos municipais e regionais devem analisar as propostas neste final de semana. Ela contou que o Executivo concordou em pagar as promoções e progressões atrasadas e obedecer às resoluções vigentes no que diz respeito à distribuição de aulas. Outro ponto discutido foram as mudanças no Paranaprevidência. "O governo assumiu o compromisso de não enviar nenhum projeto à Assembleia Legislativa que coloque em risco o fundo de previdência ou mesmo o fundo financeiro", afirmou. 

Ainda ontem, a gestão do governador Beto Richa (PSDB) anunciou o depósito de duas cotas do fundo rotativo, que totalizam R$ 8 milhões, e a nomeação de 1.015 pedagogos aprovados em concurso. Os recursos serão usados pelas escolas para reformas emergenciais. Durante o encontro no TJ-PR, o presidente da APP, Hermes Silva Leão, também recebeu a notificação da Justiça referente à liminar que determina o retorno imediato às aulas. Conforme o despacho, assinado por Lima, a multa diária para caso de descumprimento é de R$ 20 mil. 

Segundo levantamento da Secretaria de Estado da Educação (Seed), 40 das 2,1 mil escolas estaduais do Paraná abriram ontem, quatro a mais do que no dia anterior. O índice corresponde a 1,9% do total de estabelecimentos. Nenhuma das instituições fica em Londrina. Em Curitiba, o Colégio da Polícia Militar foi o único a funcionar.

Fonte: Folha de Londrina