Reitora garante condições mínimas para início do ano letivo na UEL


O ano letivo de 2015 da Universidade Estadual de Londrina (UEL) deve ter início na próxima semana, após o fim da greve dos professores da instituição. A paralisação foi suspensa em assembléia realizada na manhã desta quarta-feira (10). O Sindprol/Aduel, sindicato que representa os docentes, condicionou o início das aulas ao resultado dos esforços da direção da universidade, que precisou pressionar o Governo do Estado pelo envio da verba de custeio referente ao primeiro trimestre deste ano. A reitora da UEL, Berenice Jordão, garantiu, em entrevista ao Bonde na tarde de hoje, que apesar da grave crise financeira, a instituição tem as "condições mínimas" necessárias para iniciar o ano letivo. "Já conseguimos tomar algumas providências, realizar parte das manutenções e deixar a universidade preparada para receber os alunos", destacou. 

Em viagem oficial, a reitora deve voltar para Londrina nesta quarta-feira. Ela passou os últimos dois dias visitando uma universidade pública do Paraguai. "Vou chegar, analisar o que foi discutido e deliberado pela assembleia dos professores e já começar a planejar as medidas a serem tomadas para o início do ano letivo", afirmou. Os detalhes do novo calendário serão discutidos pela reitoria em reunião nesta quinta-feira (19). 

Já as pró-reitorias de Graduação (Prograd) e de Pós-graduação (Proppg) solicitaram a convocação das Câmaras de Graduação e de Pós-graduação para reuniões que serão realizadas na manhã de sexta-feira, às 8h30. Segundo a assessoria de imprensa da UEL, o objetivo dos encontros é apresentar proposta para adequação do Calendário das Atividades de Ensino, incluindo também uma data para o início do ano letivo 2015. Os 45 membros da Câmara de Graduação, que representam todos os Colegiados de Cursos, se reúnem na Sala dos Conselhos. E os 28 representantes dos vários programas de pós, na Sala Ana Ito, localizada no prédio da Prograd. 

A partir das propostas das duas Câmaras, caberá então ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), deliberar e aprovar o Calendário Acadêmico 2015. O Cepe se reunirá na tarde de sexta para discutir o assunto. 

Crise financeira 

A crise financeira da UEL se agravou no ano passado, quando o Governo do Estado deixou de repassar R$ 35 milhões à instituição. A universidade precisou atrasar contas de água e luz e cortar viagens e programas suplementares. Sem dinheiro para custear despesas básicas, a UEL se reuniu com representantes do governo no dia 24 de fevereiro e exigiu o repasse da verba de custeio. O encontro também contou com a participação de reitores das outras seis universidades estaduais, que vivem a mesma situação delicada. 

O Governo Estadual começou a encaminhar os recursos para a UEL nesta semana. Parte da verba de custeio referente às bolsas de alunos e aos salários dos estagiários caíram na conta da universidade na terça-feira (17). "Liberamos o orçamento, planejamos o sistema e fizemos o empenho da verba. Agora, é só esperar pelo repasse por parte do governo", disse Berenice Jordão. De acordo com ela, o restante dos recursos deve ser encaminhado para a universidade na próxima semana. "Vamos receber o dinheiro, usá-lo para o pagamento das despesas mais urgentes e já começar a discutir com o governo a liberação da verba de custeio referente ao segundo trimestre deste ano", explicou a reitora. 

O valor total a ser enviado para a UEL até o final de março gira em torno dos R$ 7,8 milhões. "Não é suficiente para dar conta de todas as demandas, mas necessário para começar a colocar a casa em ordem", observou Berenice.

 

Fonte: Portal Bonde