Cid Gomes deixa Educação após briga no Congresso


Após uma sessão no Congresso Nacional nesta quarta-feira, 18, em que conclamou os deputados da base aliada que não votam com o governo que “larguem o osso”, e na qual ainda foi chamado de “palhaço” por um parlamentar, o agora ex-ministro da Educação Cid Gomes pediu e a presidente Dilma Rousseff aceitou sua demissão.

Cid Gomes foi à Câmara dos Deputados prestar esclarecimentos sobre uma declaração dada por ele no início de março de que “tem lá [na Câmara] uns 400 deputados, 300 deputados que quanto pior melhor para eles. Eles querem é que o governo esteja frágil porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais dele, aprovarem as emendas impositivas”.

Da tribuna da Câmara, nesta quarta, Cid Gomes disse: “Partidos de situação têm o dever de ser situação ou então larguem o osso, saiam do governo”. Depois, apontando para a mesa diretora da Câmara, mais precisamente para o presidente da casa, José Eduardo Cunha, do PMDB, Cid Gomes disparou: “Prefiro ser acusado por ele de mal-educado do que ser acusado como ele de achaque”.

Após abandonar a tribuna antes do fim da sessão, com o deputado Sérgio Zveiter (PSD-RJ) dizendo que o ministro fizera “papel de palhaço”, Cid Gomes saiu do Congresso e foi direto para o Palácio do Planalto se reunir com Dilma. Mais tarde a Casa Civil confirmou seu pedido de demissão. Pouco antes da confirmação da sua saída do ministério da Educação, o PMDB ameaçou deixar a base aliada do governo se Cid continuasse no cargo.

Fonte: UOL