Faltam pelo menos 37 medicamentos na rede municipal de saúde, além de insumos, material de higiene e profissionais da área. O problema se estende há pelo menos um ano, segundo Jovira Cordeiro, membro do Conselho Municipal de Saúde. “A grande pergunta é: o que os servidores terão que dizer para os usuários do SUS [Serviço Único de Saúde]?”, disse à RPC após uma reunião com o secretário de Saúde, Mohamad El Kadri, e membros da Comissão de Seguridade Social da Câmara de Vereadores.
O secretário reconheceu o problema e prometeu ir a Brasília nesta semana com o prefeito Alexandre Kireeff (PSD) para tentar aumentar o repasse do Ministério da Saúde (MS) para o financiamento do serviço público de saúde em Londrina. Segundo o secretário, há um déficit de cerca de R$ 3 milhões mensais em relação ao repasse e o que o Município gasta efetivamente com o serviço.
O vereador Vilson Bittencourt (PSL), membro da Comissão de Seguridade Social, informou que, além do repasse, a forma como são feitas as licitações para a compra dos medicamentos e demais itens para a saúde também atrasa o abastecimento da rede municipal. “Somente um setor da Prefeitura pode fazer essas compras. Nossa proposta é que ocorra um desmembramento para facilitar e agilizar as aquisições.”
Concurso
Em relação à falta de médicos e profissionais, El Kadri disse que a Prefeitura deve realizar ainda neste primeiro semestre um concurso para suprir o déficit de recursos humanos no setor. Ele não informou o número de vagas que serão disponibilizadas.
De acordo com o gabinete da Secretaria Municipal de Saúde, uma nova reunião entre a pasta, Comissão de Seguridade Social e Conselho Municipal de Saúde deve ser realizada em 10 de abril. “Vamos discutir, especialmente, como agilizar o processo de compra de medicamentos e insumos para a rede municipal de saúde”, destacou Vilson Bittencourt.
Fonte: Jornal de Londrina