O Sindicato dos Servidores (Sindserv) criticou nesta terça-feira as investidas da Prefeitura de Londrina para derrubar decisões que impõem o pagamento milionário das diferenças devidas à Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensões dos Servidores Municipais de Londrina (Caapsml). Segundo a Prefeitura, a dívida com a caixa de previdência dos funcionários pode chegar a R$ 60 milhões, se atualizada.

“Quando a Prefeitura diz que não deve, questiona os valores e recorre, na verdade está apenas penalizando os servidores cujo futuro depende da saúde financeira da Caapsmel”, aponta Marcelo Urbaneja, presidente do Sindiserv. Para ele, a Prefeitura deveria admitir a dívida e planejar como saná-la o mais rápido possível. “É obrigação trabalhista devida e justa”, diz. Atualmente, a Caapsml paga benefícios para 2.600 aposentados e 400 pensionistas.

Para o presidente do Sindiserv, a insistência em questionar a dívida apenas serve “para empurrar e protelar a resposta ao problema”. Segundo Urbaneja, a Prefeitura está em situação “cômoda” pois a responsabilidade pelas origens do problema “fica na conta” de gestões anteriores sem, ao mesmo tempo, admitir falhas internas no presente. “Os presidentes da caixa dos servidores sempre são cargos indicados pelos prefeitos. Como pode existir divergência sobre o quanto deveria ser recolhido? Virou uma bola de neve”, opina.

Urbaneja argumenta que as dívidas milionárias pendentes na Caapsml são parte do“processo de colapso” do fundo de previdência dos funcionários municipais. "Falta fazer uma auditoria interna para mostrar a Londrina com clareza o que provocou um problema desse tamanho", diz.

Fonte: Jornal de Londrina