Professores decidem encerrar greve em 3 universidades estaduais do PR


Os professores de três universidades estaduais do Paraná decidiram encerrar a greve. As assembleias, na tarde desta quarta-feira (24), foram realizadas na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade Estadual de Maringá (UEM) e na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro).

A categoria pedia reajuste salarial de 8,17%, por conta da reposição da inflação e a data-base em maio. Porém, a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou o projeto do governo estadual de reajuste de 3,45%, com novos aumentos até maio de 2018.

Os professores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) já haviam decidido pelo fim da paralisação em assembleia na terça-feira (23). Já os servidores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) se reúnem na quinta-feira (25).

Unioeste
Na reunião desta quarta, em Cascavel, no oeste do estado, a maioria dos servidores da Unioeste votou pelo encerramento da greve. "Infelizmente o Governo do Estado não atendeu as reivindicações dos servidores públicos, mas nem por isso nós deixaremos de continuar lutando", comenta o professor e membro do sindicato, Roberto Antônio Deitos. A greve na universidade começou no dia 22 de abril.

Os professores da Unioeste voltam ao trabalho a partir da quinta, mas o retorno das aulas só deve ser definido após a assembleia dos servidores técnicos ligados ao Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos do Ensino Superior do Oeste do Paraná (Sinteoeste) e de uma reunião com o Conselho Universitário.

A assembleia do Sinteoeste está marcada para às 14h, da quinta-feira. A Unioeste tem mais de 13 mil estudantes nos cinco campi da região oeste e sudoeste do estado e as atividades estão paradas desde o dia 22 de abril.

Unicentro
Na Unicentro a paralisação já durava 59 dias. Foram duas assembleias, uma no campus de Guarapuava e a outra em Irati, ambas na região central do Paraná. “A negociação já está encerrada, o reajuste já foi aprovado, agora nós temos que buscar outras formas de mobilização. A Unicentro tem um compromisso social”, afirma o o presidente do Sindicato dos Docentes da Unicentro (Adunicentro), Marcos Aurélio Machado Fernandes.

A universidade informou que uma reunião será feita na sexta-feira (26), às 9h, em Guarapuava, entre os integrantes do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) e do Conselho de Administração (CAD) para definir um novo calendário universitário. Conforme Fernandes, as aulas serão retornadas na segunda-feira (29). Cerca de 10 mil estudantes da Unicentro foram prejudicados com a paralisação.

UEM
Cerca de 400 servidores participaram da assembleia, realizada no Restaurante Universitário (RU) da UEM. Mesmo com a decisão de encerrar a paralisação, ainda não há definição para a retomar as aulas.

Segundo a universidade, a greve atingiu 22 mil estudantes. Eles estão sem aulas a quase 90 dias em 2015, somadas as duas paralisações na universidade. A segunda greve dos professores da UEM começou em 27 de abril.

O calendário letivo e o Vestibular de Inverno 2015 continuam suspensos até que seja feita uma outra assembleia para definir as novas datas, conforme a universidade.

UEPG
Professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), ligados a Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Sinduepg), se reúnem na quinta-feira, às 9h, no campus de Uvaranas, para deliberar sobre a paralisação. Categoria parou as atividades no dia 22 de abril.

UEL
Os professores e os funcionários técnico-administrativosda Universidade Estadual de Londrina (UEL) decidiram pela suspensão da greve na terça-feira, após 57 dias de paralisação. Segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público Estadual de Londrina e Região (Sindiprol/Aduel), as atividades devem ser retomadas na quinta-feira.

Fonte: http://g1.globo.com/pr