Depois de um breve período de férias, os estudantes da rede municipal de ensino voltaram às aulas nesta terça-feira (21). Mas para quem frequenta a Escola Municipal Geni Ferreira, na zona oeste de Londrina, esse retorno só deve acontecer na semana que vem, e longe da escola. O prédio foi interditado por sucessivos problemas de infiltrações e até que a estrutura seja recomposta as aulas serão dadas na igreja do Conjunto Avelino Vieira.

O cenário no interior da escola é desolador. Parte do material escolar está empilhada e coberto por lonas plásticas. Carteiras e cadeiras também estão protegidas para não estragarem com a água da chuva que entra nas salas. O forro de gesso cedeu e deixou expostas as instalações elétricas.

Apesar de a escola interditada ser uma das mais novas da rede - foi inaugurada há cerca de três anos - a estrutura é bem mais antiga. De acordo com a secretária municipal de Educação, Janet Thomas, o espaço era ocupado anteriormente como um prédio comercial da Cohab. "A reforma não foi estrutural, tanto é que a escola nem tem cara de escola. Esses problemas estruturais não são novos, e pioraram com as fortes chuvas do começo do mês", explicou.

A reforma pela qual a escola passará já estava prevista no início do ano, mas acabou sendo acelerada pelo problema das infiltrações. Técnicos da Secretaria Municipal de Obras estiveram no local e atestaram a necessidade de transferir os alunos para outro local. Na avaliação de Janet, a solução encontrada não poderia ser melhor.

"Foi feita a proposta para a igreja, que levantou a possibilidade em uma reunião interna. Ficamos muito felizes com a aprovação, porque a igreja fica apenas a duas quadras da escola e conta com uma ótima estrutura. São oito salas, cozinha, tudo o que precisa para receber os 160 alunos", detalhou.

Prazos

Apesar de o caso ser tratado como urgente, os alunos não devem retornar à Escola Municipal Geni Ferreira em 2015. Depois da interdição, a Prefeitura tem um prazo de 30 dias para abrir o processo de licitação para contratar a empresa responsável pela reforma. Caso o processo não dê deserto, geralmente são mais 90 dias entre a publicação do edital e a assinatura da ordem de serviço. No final das contas, somado o prazo necessário para o início das obras, a escola só deve ser liberada no primeiro semestre de 2016.

Fonte: Jornal de Londrina