Servidores de Cornélio protestam contra corte de benefícios


O prefeito de Cornélio Procópio (Norte Pioneiro), Frederico Carlos de Carvalho Alves (PSC), exonerou 49 funcionários em cargos comissionados na Prefeitura no Diário Oficial do município na terça-feira. Os cortes, que vão desde chefia de gabinete, cargos vinculados à Controladoria Geral do Município, pastas como Obras, Educação, Cultura, Saúde, Administração, Meio Ambiente e Agricultura, são resultados da situação de crise financeira enfrentada pelo município. A prefeitura também suspendeu benefícios de alguns servidores efetivos, como cozinheiras, varredores, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, entre outros. 

De acordo com uma servidora da área da saúde, que não quis ter o nome divulgado, grande parte dos funcionários da pasta teve uma surpresa desagradável na folha de pagamento deste mês. "A maioria dos funcionários da área da saúde tiveram redução nos benefícios de insalubridade e adicional médico. Teve gente com redução de quase R$ 1 mil de salário", afirma a servidora que teve uma redução de R$ 400 no holerite. 

Os servidores efetivos que tiveram corte nos benefícios protestaram quarta-feira em frente à prefeitura. O grupo saiu à rua, vestido de preto e com nariz de palhaço para demonstrar a insatisfação com a decisão do prefeito. "O nosso salário virou uma caixinha de surpresas, cada mês que a gente vai ao banco sacar o pagamento tem uma novidade. Estamos muito revoltados", queixou-se a servidora. 

Em nota, a Prefeitura de Cornélio Procópio informou que as exonerações fazem parte de uma "linha de redução dos gastos públicos adotados nos últimos meses". Segundo ela, o objetivo é "promover o equilíbrio das contas públicas tendo em vista a grande crise na economia do país, a qual também trouxe uma acentuada queda nas receitas das prefeituras, em especial do FPM (Fundo de Participação do Municípios)". 

Fred Alves reconhece, na nota, que os cortes geraram "descontentamentos dentro do quadro mais próximo do prefeito, que são os cargos de confiança, de livre nomeação". "Diante da responsabilidade que tenho como chefe do Executivo municipal, não me furtei em tomar nenhuma medida que seja necessária para garantir o bom andamento da máquina pública, bem como garantir, em primeiro lugar, os pagamentos dos salários dos mais de 1.400 funcionários públicos concursados", justificou o prefeito.

Fonte: Folha de Londrina