Contratação de novos professores vai custar quase R$ 1 milhão mês em Londrina


Com o objetivo de ampliar o quadro de professores municipais no início do próximo ano, a Prefeitura de Londrina protocolou um projeto de lei na Câmara de Vereadores, na última semana, que prevê a criação de 248 novos cargos de docentes na Secretaria de Educação. Pela legislação, o poder público precisa criar as vagas antes de contratar funcionários. 

Conforme o projeto, serão criados 193 cargos para professores da Educação Infantil, 50 para docentes de Ensino Fundamental e outros cinco para professores de Educação Física. Ainda pela proposta, a implantação dos cargos vai custar R$ 909.894,38 por mês aos cofres públicos, levando-se em conta os seguintes custos unitários: R$ 2.881,38 (professor de Ensino Fundamental); R$ 2.881,38 (professor de Educação Física); e R$ 3.893,36 (docente de Educação Infantil). 

A contratação dos professores também vai praticamente dobrar a receita a ser destinada pela prefeitura para a Secretaria de Educação. O orçamento da pasta, neste ano, foi de R$ 5.055.517,60. Já em 2016, com os novos docentes, o montante previsto é de R$ 9.086.859,56. 

As 248 novas vagas serão destinadas a grande parte dos 260 profissionais que o município pretende contratar já no começo de 2016, antes de o ano letivo ter início. Muitos dos professores que irão ocupar as vagas já foram aprovados em concurso público realizado pelo Executivo no dia 8 de novembro. 

Justificativa 

Na justificativa anexada ao projeto de lei que prevê a criação dos novos cargos, a prefeitura argumenta que muitos dos futuros professores vão trabalhar no lugar de profissionais, que, atualmente, precisam fazer horas extras. Ou seja, conforme o Executivo, a contratação dos docentes vai fazer com que o poder público economize dinheiro atualmente pago pelo trabalho extraordinário. 

A prefeitura argumenta, ainda, que as escolas públicas passaram a receber, por conta da crise econômica que atinge o país, diversos alunos de instituições particulares. Ou seja, as famílias estão remanejando os seus filhos para colégios municipais por não terem mais dinheiro para custear o ensino privado. 

Já a secretária municipal de Educação, Janet Thomas, contou, em entrevista ao Bonde no mês passado, que os novos professores vão atender creches recém-construídas pelo poder público e salas de aula implantadas ou improvisadas em unidades antigas

Janet lembrou, ainda, que, pelo Plano Nacional de Educação, o município precisa, até o início do próximo ano, zerar a fila de crianças que têm quatro ou mais anos e ainda esperam por vagas em creches e escolas da cidade.

Fonte: Portal Bonde