Em menor nĂșmero, manifestantes voltam Ă s ruas para pedir o impeachment de Dilma


Com uma estimativa otimista de 5 mil pessoas, pelos organizadores do protesto, os londrinenses voltaram às ruas para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), ontem à tarde. A concentração do “Fora Dilma”, organizada por movimentos sociais como o Viva Londrina, começou tímida, com cerca de 350 pessoas, segundo a Polícia Miliar (PM), mas ganhou corpo enquanto seguia pela Avenida Higienópolis até acabar no Calçadão, por volta das 16h30.

Lideranças da sociedade civil organizada participaram do protesto. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Valter Orsi, era um dos manifestantes. “A indignação também cansa”, disse, sobre a pouca participação popular. “Mas o importante é que a população continua apoiando a manifestação, buzinando em apoio”, explicou. Entre os manifestantes estavam também os advogados Soraya Lebbos e Eduardo Lebbos Teozzini, mãe e filho, com bandeiras do Brasil Império. “Nós estamos aqui, hoje, para apoiar o impeachment da presidente. Mas também queremos divulgar o Movimento Monarquista, que luta pela volta do sistema monarquista no Brasil”, explicou Eduardo.

Muita gente reclamou que ficou sabendo do protesto de última hora e que isso teria atrapalhado a participação. “Eu fiquei sabendo hoje, por uma amiga. Se soubesse antes, tinha organizado toda minha família para virmos”, disse a aposentada Celina Roges de Almeida que participou com uma neta.

De acordo com o porta-voz do Viva Londrina, André Moreira Elias, não houve tempo de fazer uma divulgação consistente desta vez. “Não tivemos como correr atrás de doação de empresários para fazer divulgação nos bairros. Ficamos restritos às mídias sociais. Foi a primeira vez que viemos só com o ônibus de som, sem caminhão”, explicou. Segundo ele, esse protesto foi apenas um “aquecimento para a megamanifestação que está marcada para dia 13 de março”.

Nas faixas e cartazes empunhados, os londrinenses manifestaram-se contra corrupção, comunismo, PT, Lula, Dilma e o Foro de São Paulo - entre as principais “bandeiras”. O deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB) também acompanhou o movimento. Para ele, o Brasil “vive o seu pior governo desde a monarquia”.

A manifestação terminou com o Hino Nacional e um pedido dos organizadores para que todos os que participaram deixassem uma mensagem no Facebook do deputado federal Alex Canziani (PTB) para que ele vote pelo impeachment. Alguns dos manifestantes seguravam cartazes com a frase “Alex Canziani traidor”.

Fonte: Jornal de Londrina