Em greve, professores de Antonina pedem reajuste salarial e melhorias


Os professores da rede municipal de Antonina, no litoral do Paraná, estão em greve desde segunda-feira (15), dia em que o ano letivo iniciaria.

A categoria pede por reajuste salarial e outras melhorias, conforme informou nesta quarta (17) ao G1 Cláudia dos Santos Canha, presidente da Comissão de Professores Municipais de Antonina, que faz parte do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato).

"Estamos em negociação desde 2014 com a prefeitura. Montamos um plano de carreira, entre outras reivindicações, mas o prefeito nos enrolou por dois anos", relatou a professora. Um dos itens na pauta da categoria é o reajuste do piso local que, atualmente é de R$ 1.027 por 20 horas semanais.

A categoria pede para que o piso seja igualado ao nacional, que é de R$ 2.135, com carga horária de 40 horas por semana. "O prefeito se comprometeu em pagar, mas não cumpriu", afirmou Cláudia.

Outro ponto é a hora-atividade que, segundo a representante da comissão, não foi implantada no município: "Não contrataram mais professores, temos um concurso em aberto".

Hoje a rede municipal de ensino de Antonina tem 121 professores, e 1.907 alunos matriculados do maternal ao 5º ano, segundo a Secretaria Municipal de Educação.

A professora também disse que a situação das escolas é precária –  falta manutenção nos colégios e na frota de ônibus que faz o transporte escolar. Ainda de acordo com Cláudia, a prefeitura cortou em outubro o vale-transporte da categoria sem avisar os professores. "Foi um corte de despesas", reclamou.

Documentação enviada à Câmara

Procurado pelo G1, o prefeito Wilson Clio de Almeida Filho (PSC) afirmou que enviou a documentação do reajuste salarial para a aprovação da Câmara Municipal. Entretanto, segundo o prefeito, a administração municipal está dentro do prazo estipulado para um posicionamento sobre o aumento.

"Houve uma reunião em setembro do ano passado com os professores e o sindicato. Ficou acordado por um termo de compromisso que, se conseguisse reduzir o índice da folha em 48,5% até 31 de março, daria o aumento. Eles que descumpriram o acordo", afirmou Wilson Clio de Almeida Filho.

O prefeito ainda disse que o município está enfrentando uma crise e que não suporta tantas despesas, mas que, apesar disso, os professores têm direito ao reajuste. Porém, ele enfatizou que está resolvendo as questões aos poucos. "Uma coisa por vez", explicou.

Fonte: http://g1.globo.com/pr