Temer sobe o tom e diz que não é idiota para retirar direitos trabalhistas


O presidente Michel Temer aproveitou seu discurso durante cerimônia no Palácio do Planalto na manhã desta quarta-feira (14) para desmentir a suposta intenção de seu governo de retirar direitos trabalhistas.

 Subindo o tom, o peemedebista disse que o governo não seria "idiota" de propor políticas como a jornada de trabalho de 12 horas por dia, conforme havia sido noticiado durante a semana passada.

 "É muito desagradável imaginar que o governo seja tão idiota que chegue ao poder para restringir o direito dos trabalhadores, para acabar com a Saúde, para acabar com a Educação", vociferou o presidente, sendo muito aplaudido pelos colegas de governo.

 Temer explicou que a proposta de 12 horas de trabalho é fruto de conversas realizadas entre o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, e líderes de sindicatos. De acordo com o presidente, a ideia ventilada nos diálogos seria a de o empregado trabalhar quatro dias por semana. "Isso se ele quiser, por meio de convenção. Não é um projeto acabado", ponderou Temer.

 O presidente, no entanto, reconheceu que "sacrificios" serão necessários. "Mas não vamos tirar o direito de ninguém", garantiu.

 O peemedebista, que mais cedo havia divulgado um vídeo afirmando que o governo também não pretende impedir que trabalhadores demitidos sem justa causa saquem o benefício do FGTS, disse que "não vai permitir" a divulgação de notícias como essas.

 "Nós queremos por acaso o mal do País? O contrário! Antes mesmo de eu assumir [a Presidência], todos sabem que eu propunha a tese de reunificação para acabar com a divisão dos brasileiros. Estamos propondo a pacificação do País", disse.

 

Saúde

O discurso de Temer se deu durante a divulgação de novos investimentos na área da Saúde. O presidente e o ministro da pasta, Ricardo Barros, anunciaram o repasse de R$ 1 bilhão para oferta de 1.401 novos serviços em santas casas e hospitais filantrópicos, custeio de 99 unidades de pronto atendimento (UPAs) e expansão da oferta de medicamentos e tecnologias.

Fonte: UGT