Mesmo com greve, banqueiros são os maiores vencedores nessa disputa


Após 31 dias de greve, os bancários do País resolveram aceitar a contraproposta dos bancos e voltaram ao trabalho na sexta-feira (7/10).

A categoria lutava pela reposição da inflação do período de 9,78% e mais 5% de aumento real (total 14,78% de reajuste), valorização do piso salarial e dentro outras coisas o fim das metas abusivas e assédio moral que são um grande problema para os trabalhadores.

Mesmo após um mês de braços cruzados, os bancos não se intimidaram e ofereceram para os grevistas 8% de reposição da inflação, ou seja, nem a inflação integral do período eles conseguiram.

Nestas condições o movimento liderado pela CUT, se viu obrigado a aceitar a proposta de um dos setores que mais foi beneficiado pelas políticas econômicas adotadas desde o início do governo PeTista de Luiz Inácio “Lula”, prosseguiu com Dilma (PT) e agora com Michel Temer (PMDB).

Os grupos bancários instalados no País, nestes quase 15 anos, vêm batendo ano após ano recorde de lucro nas costas dos brasileiros que a cada dia sofrem com as altas taxas de juros e de serviços bancários, a qualidade no atendimento é cada vez pior, uma vez que postos de trabalho são cortados nas agencias bancárias Brasil a fora, funcionários são assediados por seus superiores obrigados a cumprir cada vez mais metas absurdas que só dão lucro aos banqueiros.

Infelizmente a situação continua a piorar em virtude dos anos que o governo Petista virou as costas para os trabalhadores, assim como os grupos ligados ao mesmo que deixaram de lado seus princípios na luta pelos direitos trabalhistas, para ser massa de manobra político-ideológico de um partido político.

É lamentável que o trabalhador, após usar de uma das principais armas de luta pelos seus direitos, a greve, não seja capaz de abalar seu patrão. Infelizmente o patrão continuará cometendo os mesmos crimes contra o trabalhador, porque governo e representantes dos trabalhadores fortaleceram a mão que balança o chicote.