Protesto contra a Nissan marca abertura do Salão do Automóvel em São Paulo


Trabalhadores brasileiros, vinculados à União Geral dos Trabalhadores (UGT) promoveram, na tarde dessa quinta-feira (10), durante abertura do Salão do Automóvel, em São Paulo, um protesto contra a montadora Nissan, pela prática antissindical na fábrica do Mississipi, nos Estados Unidos.

 Com camisetas pretas com a mensagem “A Nissan joga sujo”, os manifestantes chamaram a atenção dos visitantes da feira para as intimidações e ameaças que os trabalhadores americanos sofrem no ambiente de trabalho. Além disso, a empresa proíbe a sindicalização e ameaça com demissão quem se filia ao sindicato da categoria.

 Ricardo Patah, presidente nacional da UGT e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, assegura que protestos são necessários para que a população tome consciência das práticas nocivas exercidas contra os trabalhadores americanos. “Apoiamos os trabalhadores americanos e participamos das manifestações certos de que a repercussão levará a Nissan a rever suas práticas”.

 A Nissan mundial é presidida pelo brasileiro Carlos Ghosn, no Mississipi, um dos estados mais pobres dos Estados Unidos e com uma população predominante de negros, a empresa mantém a política de intimidar os trabalhadores com ameaças de fechamento da fábrica, sempre que o assunto da organização dos empregados em um sindicato ressurge. Ao agir dessa forma, a multinacional impede a liberdade de expressão e impossibilita que os trabalhadores reivindiquem melhores salários, segurança e saúde no ambiente de trabalho e se defendam em eventuais casos de assédio moral e sexual.  O presidente da UGT também destaca que a ação da central é um alerta à Nissan de que o modela americano contra os trabalhadores, nunca será aceito pelo sindicalismo brasileiro.

 Fonte: UGT