Controladoria cobra ponto eletrônico em todos os setores da prefeitura


A Controladoria-Geral da Prefeitura de Londrina, no norte do Paraná, cobra de todos os setores da administração municipal o cumprimento de um decreto, de fevereiro de 2017, que determina o controle eletrônico do horário de trabalho dos servidores públicos municipais. A regra está valendo pra todas as categorias, mas alguns funcionários que não estão seguindo essa norma.

No prédio da prefeitura, funciona assim: cerca de 3 mil servidores chegam para o trabalho, abrem o computador e, no sistema interno, inserem matrícula, senha e registram hora de entrada e saída. No fim do mês, dá pra saber quem cumpriu o horário direitinho e quem não respeitou a jornada.

Mas na Procuradoria Jurídica do munícipio o controle do horário de trabalho funciona de outro jeito. A jornada dos 35 procuradores é controlada de forma manual, pelo gerente do setor, que anota os horários de entrada e saída deles, nem sempre do meio-dia às 18h, como determina o decreto municipal.

No entanto, a Controladoria-Gerl do município não concorda com o método e quer que os procuradores também registrem o ponto como qualquer servidor. Por isso, uma recomendação já foi enviada para a Procuradoria Jurídica.

O controlador-geral da Prefeitura de Londrina João Carlos Barbosa Perez explicou que o ponto eletrônico permite um controle mais efetivo da jornada.

“Desde o cargo médio até o cargo mais elevado, nós orientamos que tem que haver um acompanhamento, um detalhamento, para que haja o monitoramento”, afirmou.

Mas o procurador-geral da prefeitura diz que vai manter o esquema atual e defende a jornada mais flexível da equipe dele. Segundo João Luiz Esteves, os procuradores exercem um trabalho intelectual e não podem estar sujeitos aos horários rígidos dos demais servidores.

“É necessário que nós tenhamos tempo para amadurecer a ideia e para traduzirmos ela no papel. Quando você para isso, porque chegou 18h e você tem que parar, no outro dia para retomar, é muito mais difícil. Demora uma hora, uma hora e meia para retomar”, disse o procurador-geral.

Esteves diz que já encaminhou as explicações à Secretaria de Gestão e garante que todos os servidores da sua área estão cumprindo o horário.

“Todo mundo cumpre regularmente, inclusive mais que a jornada do próprio cargo”, pontuou Esteves.

O controlador-geral diz que entende a jornada diferenciada dos procuradores, mas insiste: eles têm que registrar os horários de trabalho, como determina o decreto municipal.

Perez explica que outros servidores, como agentes de saúde e de endemias ,também não batem o ponto por meio eletrônico. Muitas vezes, eles precisam trabalhar em horários alternativos e o controle é feito pelos chefes, de forma manual. Mas é só uma questão de tempo, pois esse grupo também vai ter que seguir o decreto e registrar a jornada por meio eletrônico.

“Em princípio, analisando, se faz necessário que haja esse detalhamento para que nós possamos monitorar a jornada de trabalho, não apenas do procurador, mas de todos os servidores do município”, finalizou o controlador-geral.

Fonte: http://g1.globo.com/pr