Após 200 dias de gestão com cortes de gastos na administração municipal e questões delicadas que afetam o bolso do contribuinte, a aprovação do governo do prefeito Marcelo Belinati (PP) teve uma leve queda em comparação com a avaliação de 100 dias antes, aponta pesquisa feita pelo Instituto Multicultural em parceria com a Folha de Londrina e Rádio Paiquerê AM. A pesquisa, divulgada nesta quinta-feira (20), ouviu 602 moradores das áreas urbana e rural entre os dias 15 e 17 de julho e tem intervalo de confiança de 95%. 

as atuais dificuldades que todos os administradores passam devido à crise econômica que o País atravessa. 

Segundo as entrevistas, o percentual de reprovação da administração cresceu entre os indecisos: se, há cem dias, 33% reprovavam a gestão e 12% não sabiam opinar, na pesquisa mais recente, os desapontados com a gestão subiu para 38,5%, enquanto os que não sabiam opinar caíram para 8%.

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A confiança no prefeito Marcelo Belinati também caiu, de 60,5% para 55%, e a média das notas atribuídas ao prefeito, numa escala de 0 a 10, manteve-se praticamente estável, descendo de 6 para 5,8. Porém, ao analisar as notas por regiões, a insatisfação aumentou nas zonas leste e oeste, enquanto houve melhora no sul e área central e manteve-se estável nas regiões norte e rural. 

Para Belinati, "é muito difícil que qualquer prefeito do Brasil ter um índice de aprovação como esse". O prefeito agradeceu a população de Londrina pela confiança e atribui a leve queda na aprovação a discussões polêmicas em seu primeiro ano de governo, como a restrição na concessão do Passe Livre, hoje cedido a qualquer estudante londrinense, e à vindoura revisão na planta de valores de imóveis. "Nós estamos fazendo debates com a sociedade de questões relevantes, importantes, mas que precisam ser feitos." 

A restrição do Passe Livre, aliás, foi um dos questionamentos feitos na pesquisa. Dos entrevistados, mais da metade é contra a redução do benefício para os estudantes, enquanto 44% são favoráveis e 4% não souberam responder. 

Belinati relaciona ao seu governo três linhas de trabalho para equacionar as contas municipais e tentar viabilizar o crescimento de Londrina. Entre elas estão medidas de austeridade, que incluem cortes de gastos da prefeitura e revisão de grandes contratos. "A readequação do passe livre visa garantir o passe livre ara quem realmente não tem como pagar. Temos de fazer esse debate franco com a população que são delicadas", afirma. 

À Folha de Londrina, o diretor estatístico do Instituto Multicultural, Edmilson Vicente Leite, afirmou que a queda na aprovação é normal entre os 100 e os 200 dias de administração de gestores públicos. "Aos 100 dias, as pessoas estão muito confiantes, esperançosas. Após os 200 dias, como as coisas não se desenvolvem dentro da expectativa do eleitor, a tendência é de queda na aprovação", afirmou. Ele ainda recordou que o mesmo ocorreu nos comparativos da gestão passada, do ex-prefeito Alexandre Kireeff (Podemos). 

Fonte: Portal Bonde (Com informações da Folha de Londrina)