Londrina pode entrar em 2009 sem prefeito eleito


Servidores municipais são capacitados suficientemente para manter a máquina pública em funcionamento

O impasse jurídico provocado pela decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em cassar o registro de candidatura do prefeito eleito Antônio Belinati despertou outra preocupação entre os londrinenses: o que vai acontecer com a cidade se até o fim do ano não houver uma definição sobre o sucessor do desastre administrativo chamado Nedson Micheleti?

Deixando de lado o impasse jurídico, a única certeza é que se até lá nada for definido o presidente da câmara será nomeado prefeito interinamente. É por isso que, antes mesmo de tomarem posse, já há uma movimentação fora do comum nos bastidores quanto a definição dos nomes que se tornarão aptos a disputar a eleição para presidente da câmara.

A angústia aumenta ainda mais se levarmos em conta que nada do que foi dito pelo ministro Carlos Ayres Britto aos representantes políticos de Londrina na semana passada se cumpriu. Ou seja, a defesa de Belinati ainda não foi analisada e uma consulta do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Piauí ao TSE – que poderia servir de jurisprudência para Londrina – também sequer entrou na pauta de discussões.

Diante de tantas incertezas há um alento. A máquina pública de Londrina não irá parar. Há tempos a prefeitura está no piloto automático controlado por servidores públicos municipais contratados via concurso público. No quadro, há servidor capacitado o suficiente para dirimir as dúvidas e os questionamentos administrativos que Londrina necessitar em tempos de indefinição.