Nedson pretere Sercomtel em favor de terceirizada


Prefeito alega que empresa não poderia prestar serviços wireless; informação é desmentida por diretor de marketing. Nedson também terceiriza operação tapa-buracos

            Com muita festa o prefeito Nedson anunciou ontem o lançamento do projeto Londrina Educação Digital que irá interligar 91 escolas municipais e centros de educação infantil com o sistema de transmissão de dados pela internet banda larga via wireless (sem fio). Ao contrário do esperado, o serviço não será prestado pela Sercomtel, mas sim por uma empresa terceirizada.
          De acordo com o divulgado pela própria assessoria da prefeitura o contrato com a empresa terceirizada Alias Networks será R$ 4,7 milhões.

            A justificativa do prefeito para preterir a Sercomtel seria a suposta falta de agilidade da empresa municipal. Segundo Nedson, a Sercomtel “ainda trabalha (com internet banda larga) com cabos metálicos e não sem-fio (wireless)”.

            Mas os argumentos de Nedson foram rebatidos pelo diretor de marketing da Sercomtel, Claudir Sales em entrevista à rádio CBN. “Nós temos como parceiro estratégico a COPEL (Companhia Paranaense de Energia Elétrica) e a companhia poderia disponibilizar suas torres para fazer o mesmo serviço num preço até mais barato”, afirmou.

            O diretor da Sercomtel lembrou ainda que a empresa municipal de telefonia fixa e celular foi pioneira no Brasil na oferta de serviços de banda larga e wireless. “Poderíamos sim fazer o serviço pretendido pela prefeitura”, afirmou.

TERCEIRIZAÇÃO DO TAPA-BURACOS – Agora sim não falta mais nada! A administração do PT (Partido da Terceirização) também decidiu terceirizar o serviço de tapa-buracos. A licitação para contratação da empresa foi aberta ao valor máximo de R$ 1,3 milhão. O secretário Aloísio de Freitas defendeu a terceirização alegando que a burocracia para aquisição de matéria prima para fazer o asfalto poderia atrapalhar o serviço. Será que só agora em novembro é que o secretário ficou sabendo que não iria mais fazer parte da prefeitura a partir de 2009? Então, qual o motivo para não programar a tal compra de matéria prima do asfalto com antecedência?