Secretária de Saúde defende descentralização do serviço e aponta tema como prioridade para a futura administração; esqueceu de dizer que, com o quadro atual, não dá
A Secretária se esqueceu de dizer, por exemplo, que para ofertar serviço público gratuito e de qualidade é preciso antes trazer o servidor público para essa discussão, valorizando e ouvindo a categoria; respeitar regras e orientações do Conselho Municipal de Saúde é outro ponto que precisaria ser destacado.
Descentralizar o atendimento à Saúde é uma discussão que se faz constantemente nas reuniões do Conselho. Bastaria o municÃpio atender algumas das solicitações de levar atendimento especializado à s Unidades Básicas ou ampliar os serviços já existentes noutros. É neste ponto que a Saúde deveria agir com honestidade e explicar as razões dessa imobilidade.
Números tornados públicos pela própria Saúde mostram como a falta de servidores afeta nos dados finais sobre o atendimento à população carente: na PoliclÃnica, os atendimentos cardiológicos variaram de acordo com o número de médicos disponÃveis. Em 2006 foram 2.900 consultas; em 2007, 3.100 consultas época em que a PoliclÃnica contava com cinco especialistas. Este ano, os médicos são apenas dois e as consultas caÃram para 1.800 até outubro deste ano. Em reumatologia foi o mesmo caso: 1.600 consultas em 2007 com dois especialistas 1.100 este ano com apenas um.
É sabido que a perda de profissionais prestadores de serviço é conseqüência da polÃtica de baixos salários desenvolvida pela atual administração. A mesma polÃtica que desmotiva e penaliza o servidor que trabalha as UBSÂ’s. Nedson não atendeu a categoria da Saúde como um todo. Optou por atender grupos com alterações no PCCS. Rivalizou a categoria, criou diferenças. O preço quem paga, infelizmente, é a população.
É uma pena que gestores de Saúde não vejam o servidor como parte da solução para o tema