Professores da rede particular protestam


Professores da rede particular de ensino, em campanha salarial, começaram ontem uma série de protestos que pretendem realizar na cidade. Eles querem reajuste de 7,25%, mas os patrões oferecem 6,5%. Ontem, eles fizeram panfletagens em frente às principais escolas. O presidente do Sinpro, sindicato que representa a categoria, Eduardo Nagao, lembrou que as escolas reajustaram suas mensalidades em valores entre 8 e 12% no início do ano. Nagao também informou que as salas de aula estão ficando cada vez mais cheias em razão de fusão de turmas, situação que a professora universitária, Flora Neves, confirmou na sala de seu filho. Ela contou que, no ano passado, eram quatro quartas séries na escola e agora existem três quintas séries. “Na sala do meu filho são 37 alunos. Não acho correto pagar quase R$ 600 e ter o número de alunos de uma escola pública.”

Sinepe nega fusão O presidente do Sinepe, Marco Antônio de Souza, alegou que as escolas passam atualmente por grandes dificuldades e não podem conceder o reajuste de 1% acima da inflação. Ele adiantou que o sindicato aceitou um reajuste para R$ 480 do piso salarial da categoria e atualmente não é possível avançar mais que isso. Segundo ele, o momento é de crise e os colégios convivem com uma alta taxa de inadimplência. Souza ainda disse que o aumento na mensalidade foi menor do que necessário. “Não acho significativo o reajuste, porque as escolas precisariam até mais. A educação particular não atingiu o preço que pode se pagar.” Ele negou que exista fusão nas salas de aulas.

FONTE: JORNAL DE LONDRINA