Servidores do INSS podem iniciar greve por tempo indeterminado nesta terça


Liminar do STJ determina suspensão do movimento grevista, mas categoria espera derrubar decisão nesta segunda-feira. Usuários com atendimento agendado não terão consultas suspensas, segundo sindicato

Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) podem entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (16), suspendendo parcialmente o atendimento nas agências de todo o país. Uma liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ), concedida em favor do Ministério da Previdência Social na quarta-feira (10) determina a suspensão da paralisação, mas a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais em Saúde, Trabalho, Previdência e Ação Social do Paraná (SindPrevsPR), Jaqueline Gusmão, afirma que os grevistas esperam derrubar a decisão ainda nesta segunda-feira (15).

Se a paralisação for iniciada, segundo Jaqueline, servidores de todo o Paraná cruzarão os braços. Os usuários que têm atendimento agendado no órgão não terão as consultas suspensas, mas a previsão é de formação de longas filas e demora nos atendimentos e agendamentos. “Não haverá paralisação total. Respeitaremos a lei de greve, mantendo 30% dos servidores em todos os postos”, afirma a presidente do SindPrevsPR. Em todo o Paraná trabalham aproximadamente 2,5 mil servidores na Previdência Social, segundo o sindicato.

De acordo com Jaqueline, a principal reclamação da categoria é o fato de o MPS descumprir um acordo assinado no ano passado que previa a formação de um grupo de trabalho para a discussão da mudança na jornada de trabalho dos servidores. Segundo ela, a Previdência Social modificou a jornada de 30 para 40 horas semanais (seis para oito horas diárias) sem ouvir os trabalhadores. “No dia 1º de junho o INSS passou a ficar aberto oito horas por dia. Nossa sugestão era que as agências ficassem abertas 12 horas, porém com dois turnos de seis horas para os servidores”, explica.

Outro ponto questionado é a gratificação dos servidores. Pelas regras antigas, o pagamento do bônus considerava critérios como tempo de serviço e cursos realizados pelo servidor. Com a aprovação de uma nova resolução, na semana passada, também entrará no cálculo das gratificações a avaliação feita pelos chefes e colegas dos funcionários e, dependendo dessas avaliações, será paga a gratificação.

FONTE: Jornal GAZETA DO POVO