Nova rodada de negociação será nesta terça; greve dos motoristas de ônibus é adiada


Prefeito participou de reunião na garagem da TCGL nesta madrugada; trabalhadores dão novo prazo para iniciar protestos

Uma reunião na madrugada desta segunda-feira (20), na garagem da empresa Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL) - com a presença do prefeito Barbosa Neto (PDT), por volta de 5 horas - definiu o adiamento da greve no transporte coletivo de Londrina. Os trabalhadores do setor, com data-base em 1º de junho, aprovaram na semana passada a deflagração de uma paralisação a partir desta semana e cumpriram prazo legal de 72 horas para a deflagração do protesto, mas atenderam pedido do prefeito e do Ministério Público para aguardar um pouco mais.

Nesta terça-feira (21), haverá nova rodada de negociação no Ministério Público do Trabalho, quando o Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário (Sinttrol) espera receber alguma contra-proposta do Metrolon (sindicato patronal). Motoristas, cobradores e pessoal administrativo da TCGL e Francovig - as duas empresas que operam em Londrina - pedem correção salarial de 10%.

Para esta segunda-feira ou, no máximo, até amanhã, é esperada uma definição por parte do prefeito sobre um eventual reajuste da tarifa do ônibus, hoje de R$ 2. As empresas permissionárias do serviço condicionam o aumento da passagem à concessão de reajuste aos seus trabalhadores, alegando que há 3 anos e meio não há reajuste na tarifa em Londrina.

No final do ano passado, o então prefeito Nedson Micheleti (PT) autorizou, como uma de suas últimas ações no comando do Executivo, o aumento da passagem para R$ 2,12 (para pagamento com o cartão) e R$ 2,25 (pagamento em dinheiro). A Justiça, no entanto, proibiu o aumento. E um impasse se instalou entre empresas, trabalhadores, Executivo e Legislativo.

Desde então, uma análise da planilha do sistema está sendo feita por uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) formada pela Câmara de Londrina, que chegou a apontar a "tarifa ideal" de R$ 1,99. Mas a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), que regulamenta o serviço no município, detectou irregularidades nos cálculos dos vereadores.

Fonte: AGÊNCIA LONDRIX – www.londrix.com.br