A Construtora Xapuri (Conspuri), contratada pela Prefeitura para começar nesta segunda-feira o novo serviço de roçagem, raspagem de calçadas e coleta de entulho em Londrina, já enfrentou investigações
Durante a semana, o jornal tentou entrevistar Kallas após indicação de um funcionário da Etenge em Minas que o apontou – por mais de uma vez - como responsável pela Conspuri, onde ainda trabalharia. Na sexta-feira, no entanto, o assessor de comunicação Moisés Rosa afirmou que Kallas não é mais parte da empresa, que nada foi provado contra ele e a Etenge e que um grupo econômico de São Paulo adquiriu a nova responsável pela capina em Londrina, que chegará com o nome novo de Biotec. Segundo ele, a Etenge foi investigada – mas não a Conspuri. “Londrina vai se surpreender com o serviço exemplar que fazemos”, assegurou, afastando suspeitas.
A empresa de Belo Horizonte obteve contrato emergencial de R$ 2,4 milhões no total para, em seis meses, executar serviços de limpeza pública – o que indignou vereadores. Rony dos Santos (PTB) aguarda que a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) responda um pedido de informações com detalhes sobre a contratação da empresa.
A lei federal 11.445 impõe a existência do Plano de Saneamento como condição para licitações formais. Sem esse instrumento, resta à administração contratar emergencialmente empresas para serviços ambientais. Atualmente, todos os serviços ambientais vigem a partir de contratos sem licitação: coleta de lixo (Seleta), coleta seletiva (Visatec), operação do aterro (Construsinos) e, agora, a Conspuri. O imbróglio começou com o ex-prefeito Nedson Micheleti (PT), que não conseguiu mobilizar o plano, provocando riscos à gestão dos contratos públicos. Como a elaboração do documento apenas engatinha, já passam de uma dezena os contratos sem licitação. “Queremos saber se não há outra forma de garantir mais transparência a eles”, afirma o vereador Rony.
Fonte: Jornal de Londrina